Ontem, éramos mais de mil, rumo à Capital de Portugal, Lisboa, onde tínhamos como destino o Largo Camões e a Rua da Horta Seca.
Da Lousã vieram seis autocarros, de Miranda do Corvo contei nove autocarros, de Góis dois, de Coimbra dois e inúmeras viaturas de particulares que se associaram ao protesto.
Juntamo-nos na Estação de Serviço da Auto-estrada, onde bebemos café, retemperamos energias e afinámos as gargantas.
A PSP de Lisboa já estava de sobreaviso e aguardava-nos no garrafão em Alverca, à saída da A1, tendo-nos conduzido em segurança pela frente ribeirinha até ao Largo Camões, onde nos aguardava a comunicação social em peso – pela primeira vez vi a SIC em acção.
Os populares invadiram a estátua do poeta preenchendo o lago, tendo a circulação dos eléctricos ficado suspensa durante alguns minutos.
Na Rua da Horta Seca havia uma barreira policial, mas alguns minutos depois, surpresa das surpresas – foi o próprio ministro acompanhado pelos filhos que iludiu todas as mais elementares regras de segurança contactando de perto com os manifestantes para surpresa destes. Além das janeiras, Álvaro dos Santos Pereira foi brindado com os parabéns das populações, já que ontem fazia anos.
Os três Reis Magos voltaram a ser o centro das atenções tendo levado à capital as matérias primas da linha centenária que foi desmantelada.
Bombos, guitarras e outros instrumentos provenientes da Lousã, do Espinho e de Ceira, deram ritmo às janeiras.
No entanto, ontem contamos com duas aliadas inesperadas, dum dos prédios vizinhos do Ministério, que se associaram ao protesto exibindo cartazes de protesto e incentivando os manifestantes.
Após, o primeiro encontro, uma delegação composta pelos autarcas presentes, foi recebida pelo Ministro da Economia e respectivo Secretário de Estado, tendo a reunião durado cerca de duas horas.
No final, a Tutela garantiu o metro e assumiu já a colocação dos carris, no entanto, os autarcas de Coimbra, Góis, Miranda do Corvo e Lousã só ficarão descansados quando o metro estiver a funcionar.
E lá regressamos a casa, um pouco mais animados após um almoço retemperador no Parque das Nações.
No entanto, esta manhã fiquei um pouco apreensivo depois de ler as últimas linhas do artigo do jornal JN, onde fonte da CP remeteu para uma nota, emitida em Dezembro, informando que o serviço alternativo que assegurava seria suprimido, a partir de Janeiro, face à desactivação da linha.
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