Ilda Figueiredo reuniu-se nos Moinhos, Freguesia de Miranda do Corvo, com representantes do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã e com dezenas de populares que participaram nesta sessão de esclarecimento. A deputada do PCP teve oportunidade de conhecer o processo que conduziu ao encerramento do Ramal da Lousã e que tanto tem prejudicado a vida das populações locais.
Durante a discussão ficou patente a desadequação de um sistema de metropolitano ligeiro numa linha de montanha, a irracionalidade financeira do projecto que custaria dez vezes mais que electrificar e modernizar a linha e a irracionalidade ambiental de encerrar linhas ferroviárias quando existem directivas e recomendações no sentido de potenciar o transporte ferroviário.
Apelando mais uma vez à união dos utentes e populações e à luta em defesa do transporte ferroviário, a deputada do PCP, anunciou que questionará a Comissão Europeia sobre as possibilidades de financiamento da obra de reposição e electrificação da linha. Foi aprovada recentemente uma resolução que visa baixar a comparticipação dos Estados nos projectos co-financiados pela UE. Dadas as características do projecto, nas vertentes ambiental e de melhoria dos transportes, o financiamento da UE pode chegar aos 95% do projecto, o que faria com que o Estado português só teria que financiar 5% do total da obra.
O PCP esteve sempre na primeira linha pela exigência da reposição dos carris e pela sua electrificação, assim como pela sua ligação à rede ferroviária nacional. Em sucessivas ocasiões o PCP apresentou propostas para reposição e electrificação da linha quer em Projectos de Resolução quer em sede de Orçamento de Estado para 2011, em todas estas propostas, PS, PSD e CDS uniram-se para as chumbar.
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