“- Olhe ó Senhor Mário, já leu o Diário de Coimbra de hoje?”
“- Já viu a última página? Leia isto é uma vergonha… “
“- Então, veja lá que os tipos tinham cartões de crédito para as despesas particulares.”
Boquiaberto e atónito comprei o jornal. E entre-dentes disse sim senhor, está visto enquanto agora andam uns a apertar o cinto, andaram outros a esbanjar, a partir, a estragar e nada lhes acontece…
Será isto possível?
Não estamos na América Latina…
E a edição do Diário de Coimbra prosseguia assim:
“Relatório final da auditoria aponta o dedo ao Governo, às autarquias e aos antigos administradores da Sociedade Metro Mondego
Entre a falta de estudos que fundamentassem decisões, até reformulações do projecto que o encareceram em muitos milhões, passando por muitas mudanças governativas, são várias as críticas que o Tribunal de Contas (TC) aponta ao modo como o projecto do Metro Mondego foi conduzido nos últimos 17 anos. O relatório da auditoria foi ontem divulgado e confirma praticamente tudo o que o relatório preliminar (revelado em primeira mão pelo Diário de Coimbra) já apontara.
O projecto começa sem «um documento técnico que mostrasse a viabilidade técnica, económica e financeira do projecto, nem estava estimado o impacto que teria na mobilidade da região», dizem os auditores. Depois, entre a primeira estimativa (122 milhões de euros) e as contas mais recentes registou-se um aumento de 70 por cento.(…)”
O projecto começa sem «um documento técnico que mostrasse a viabilidade técnica, económica e financeira do projecto, nem estava estimado o impacto que teria na mobilidade da região», dizem os auditores. Depois, entre a primeira estimativa (122 milhões de euros) e as contas mais recentes registou-se um aumento de 70 por cento.(…)”
Diário de Coimbra, Sábado, 5 de Novembro de 2011
A notícia acabaria desenvolvida nos telejornais do dia…
Provavelmente a procissão ainda vai no adro…
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